sexta-feira, 30 de abril de 2010

declaração de intenções

Alguém me informe, por favor, quando foi decretado que não se pode ir à praia com um biquíni da colecção do ano anterior.
A ver pelo desespero que, aos primeiros raios de sol, se apoderou do mulherio, parece-me que ir à praia envergando a indumentária que se usou no ano anterior é um crime público punível com chicotadas em pleno areal.
Eu correrei esse risco. Declaro que pretendo estender-me na minha toalha e pavonear-me junto ao mar com biquínis de 2009 e, quiçá, de anos anteriores. Acrescento que não pagarei coimas nem me responsabilizarei pelos danos que esse facto possa provocar nos olhos e sensibilidade estética das fashion victims ou alérgicos a colecções demodées. Como atenuante para qualquer eventualidade tenho o facto de esta medida estar contemplada no meu PEC pessoal (Plano para Evitar o Consumismo). Parafraseando o povo, “em tempos de crise, reciclam-se os trapos”.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

as crianças são o melhor do mundo (?!?)





Aluno 1 – A professora de Ciências já cá está.
Coro – Já?!?!?
Aluno 2 – Vamos portar-nos bué da mal para ela ficar pior da depressão, outra vez.
Coro – Ya, fixe!




quarta-feira, 21 de abril de 2010

desabafo de Quarta à tarde...




muitas vezes, canso-me de tanta embalagem e tão pouco conteúdo...*




* qualquer leitura literal será desadequada

quarta-feira, 14 de abril de 2010

IR(ritaçõe)S

Ou os testes psicotécnicos são o maior embuste de todos os tempos ou as minhas competências mudaram radicalmente. Pior. Perdi capacidades. Mais concretamente a capacidade de gostar e de executar eficazmente tarefas burocráticas e administrativas, pois preencher o meu IRS está a deixar-me à beira da loucura. E garanto que não é possível fazer aqui uma leitura positiva.
Senhor psicólogo, se eu tivesse seguido as suas orientações e tivesse enveredado pela área administrativa, como conseguiria eu enfrentar a falta de poesia dos impressos, modelos e documentação de toda a espécie?
Ainda bem que a adolescência é a fase de todas as recusas e que eu sempre gostei de ignorar as recomendações que me são apresentadas como verdades absolutas e caminho único para a felicidade.



sábado, 10 de abril de 2010

uma foto por dia, dá saúde e alegria (2)

Miradouro de São Pedro de Alcântara


sexta-feira, 9 de abril de 2010

bilhetes na mão...

... P16 e P17. Já cá cantam.

nada é tão improvável quanto parece...


Sou uma grande consumidora de gasóleo e, por isso, tenho cartões de todas as gasolineiras existentes. Há poucas semanas, perdi o cartão fastgalp com quase 4000 pontos. Perguntei se poderia pedir um cartão novo e recuperar os pontos antigos. Pedido negado. Cartão novo, vida nova… que é como quem diz, zero pontos. A esperança que me restava era que alguém o encontrasse e o entregasse num posto de abastecimento… Sim… pois… altamente improvável.
Hoje recebi uma carta da galp e, ainda antes de abrir, senti o cartão. Ó alegria!!! Os meus pontos de volta. Abri o envelope e não… não era o cartão antigo. Esse já expirou e enviaram-me o cartão de substituição com os meus pontinhos todos. Nunca um prazo de validade me pareceu tão simpático quanto este, tenho de admitir.





quinta-feira, 8 de abril de 2010

constatações (2)


Quando se é educada a pensar única e exclusivamente no dever, deixar a louça do almoço por lavar e ir para a esplanada ler um livro não é desleixo… é uma conquista.



quarta-feira, 7 de abril de 2010

uma foto por dia, dá saúde e alegria

Monsaraz

dó ré mi fá sol lá si

Quando vou para as aulas de guitarra há uma sensação de superioridade que me acompanha. Coloco a guitarra às costas e passeio-me pela rua, quase inchada de importância, sem perceber por que razão não sou abordada para distribuir autógrafos, qual estrela de rock & roll…
Não percebo que os transeuntes (gente vulgar que vagueia pelas ruas sem uma viola no saco e transportando as compras do Lidl ou do Minipreço) não fiquem fascinados comigo e não façam esforços inimagináveis para que eu partilhe com eles os meus vastíssimos conhecimentos musicais ou a magia das minhas composições.
Após seis aulas, noto que esta sensação tende a decrescer. O meu receio, agora, é que daqui por mais algumas aulas também eu considere banal passear-me com a viola às costas e que o passo seguinte seja o desaparecimento do meu fascínio pelo sol, o dó ou o fá (e que difícil que é este fá, senhores!!!)