sexta-feira, 22 de outubro de 2010

lição da semana


Nunca devemos fazer mais do que a nossa obrigação. Mesmo que pensemos que vale a pena prescindir de parte da nossa vida pessoal em prol de terceiros, devemos fazer apenas aquilo que temos mesmo de fazer, sem desvios, sem prolongamentos, sem pretensões de melhorias.
É triste, mas não podemos desprezar aquilo que aprendemos.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

E passar a ferro, senhores, haverá tarefa mais imbecil?





Desde já, a minha palavra de admiração e apreço por todas as engomadeiras, mas, aqui entre nós, é horrível , não é?
Conheço quem garanta que passar a ferro é relaxante, que se consegue abstrair e fazer planos para os dias de trabalho ou para os momentos de lazer e até ter ideias geniais que se revelam de grande utilidade. Eu só consigo ter ideias homicidas. Nos momentos em que me encontro de ferro na mão qualquer terrorista ou maquiavélico sanguinário e psicopata é um anjo, se comparado comigo.
Deixo alguma da roupa numa engomadoria, mas a que me sobra é suficiente para me estragar algumas horas, que, aliás, distribuo com muita parcimónia pelos vários dias da semana, de forma a evitar um atentado no meu prédio.
Mas a dúvida persiste: as pessoas que dizem gostar de engomar estarão a falar a sério ou tratar-se-á de uma piada irónica ou brincadeirinha para enganar parolos?


sábado, 9 de outubro de 2010

critérios



Quando paguei o meu guarda-chuva, a senhora da caixa disse-me que pensava que iria ter dificuldades em vendê-lo, pois já várias pessoas lhe tinham dito que não combina com o Inverno: é muito colorido e alegre. Exactamente. E não encontro razão que melhor justifique a minha compra.


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Me gusta



Ao contrário dos últimos anos, desta vez não preciso ir procurar informação sobre o vencedor do prémio Nobel da Literatura, sentindo-me absolutamente ignorante.
Ufff! Que alívio.


Mario Vargas Llosa - Prémio Nobel da Literatura 2010

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

mudam-se os tempos, mantêm-se as vontades...

Todas as tardes, enquanto eu vou caminhar, ele prepara o jantar. Para nós isto é normal. Tão natural como eu ficar a arrumar a casa enquanto ele vai a uma prova de BTT, ou eu ir deitar-me a ler um livro enquanto ele lava a loiça, ou eu aspirar a casa enquanto ele descansa um pouco no sofá. Mas parece que, aos olhos dos outros, só é aceitável que seja eu a dedicar-me à lida doméstica e ele ao descanso ou ao lazer. Parece que eu devia dizer “ele faz-me o jantar”, “ele lava-me a loiça” e ficar eternamente grata por ter ao meu lado alguém que entende que as tarefas não se devem dividir por sexo, mas por preferências, por estados de espírito, por disposição e capacidade.
Entender a divisão de tarefas como algo natural, óbvio e obrigatório ainda é pecado no século XXI. E, dizem, sou muito mal agradecida e estou muito mimada; se eu soubesse o que há por aí...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

constatações (5)




Ir caminhar enquanto escuto o podcast do Governo Sombra (pois... que levantar às seis e meia, trabalhar o dia todo e ainda conseguir correr uma hora seria demasiado para mim. Desde que as férias terminaram, uma caminhada de uma hora ao fim do dia já é um grande feito e uma viragem na minha vida)... mas dizia eu que ir caminhar enquanto escuto o podcast do Governo Sombra não é uma ideia muito brilhante, pois andar sozinha a sorrir ou mesmo a rir às gargalhadas é capaz de deixar os outros “atletas” um pouco desconfiados. E tendo em conta que me cruzo, diariamente, com as mesmas pessoas, é melhor tentar manter uma imagem de pessoa razoavelmente equilibrada.

da idolatria

Eu percebo que as pessoas façam alguns sacrifícios para ir ver os U2, ou outra banda ou cantor. Neste caso, é um concerto ao qual eu gostaria de assistir. Mas ir acampar com horas e horas de antecedência para ser o primeiro a entrar no estádio?!? Há aí qualquer coisa que eu não consigo atingir. Deve ser problema apenas meu.