sexta-feira, 29 de abril de 2011

considerações toponímicas (2)








Encontro, frequentemente, uma carrinha que faz publicidade a uma sex shop que se chama "Rapidinha". Quando a vejo coloca-se-me a seguinte questão logística: para uma rapidinha valerá a pena fazer o investimento?







quinta-feira, 28 de abril de 2011

Aperta os cordões à bolsa, Descalça!



STOMP

Estes tipos não se limitam a fazer barulho, eles sabem fazer barulho.
Além disso, ainda dançam, dramatizam e divertem.




terça-feira, 26 de abril de 2011

É muito fácil reconhecer-me



Sou aquela parva que desce as escadas do Metro a correr e quando ouve o sinal de aviso de fecho de portas e se encontra a um metro do mesmo, em vez de saltar lá para dentro, fica bloqueada, a ver passar os outros, a porta a fechar-se e o metro a partir. Provavelmente, esta fobia nem merece um nome ou a atenção dos psis, mas lá que me atrapalha, atrapalha.

(E sim, eu sei [ou julgo saber] que as portas têm sensores e que se abrem quando detectam a nossa presença, mas exactamente por ser um medo irracional é que o designei de fobia)








sábado, 23 de abril de 2011

Fico com os nervos em franja

... quando oiço pessoas adultas dizerem que não querem saber de política, que é um assunto chato e sobre o qual não se interessam minimamente.
Muito bem, é uma opção. Podem continuar a interessar-se apenas por futebol e revistas cor-de-rosa, mas é importante ter consciência de que, nesse caso, se perde toda a legitimidade para queixumes porque a vida está cara e o salário não permite ter o estilo de vida ostentado pelas Mimis e Tetés deste país.

Expressões populares – Chave d’Ouro (2)


Onde Judas perdeu as botas


Significado: Longe, distante, inacessível


Origem: Depois de trair Jesus e receber 30 dinheiros, Judas enforcou-se numa árvore. Estava descalço. Por isso, os soldados partiram à procura das botas de Judas, onde, provavelmente, estaria o dinheiro. Não sabemos se acharam ou não as botas e o dinheiro. Mas a expressão atravessou vinte séculos.


quarta-feira, 20 de abril de 2011

Azul



Vila Nova de Milfontes - Abril/2011

uma questão de prioridades



Eu e a minha irmã somos completamente diferentes. Temos gostos e preferências diferentes, objectivos de vida distintos, formas de ver o mundo que se opõem. No entanto, num aspecto somos idênticas: deixamos que a família ocupe um lugar de destaque na nossa vida. Por essa razão, além de lhe dedicarmos alguns fins-de-semana e algum do nosso tempo de férias, pelo menos uma vez por mês usamos a tarde de sábado para, juntamente com a nossa mãe, passear, ir às compras, lanchar... Falamos de futilidades e de assuntos importantes, partilhamos preocupações ou alegrias, desenvolvemos a capacidade de aceitar as nossas diferenças e, por vezes, também nos desentendemos e chego, por instantes, a arrepender-me dos 300 kms percorridos para usufruir daquele momento.
Às vezes, parece-me que somos bichos raros num mundo em que os jovens adultos parecem não ter família. Contudo, para mim, não faz sentido que façamos sacrifícios para conseguir conciliar a vida profissional com a vida social e amorosa e que a família – aqueles que desde que nascemos nos orientaram e, à sua maneira, nos deram apoio – seja esquecida como as roupas que deixámos de usar ou os brinquedos que guardámos no sótão, sendo ultrapassados por tudo e por todos, até mesmo pelos 500 amigos do Facebook.


sábado, 16 de abril de 2011

Expressões populares – Chave d’Ouro


Feito em cima do joelho


Significado: Trabalho com pouca qualidade, feito à pressa.

Origem: Os romanos empregavam escravos que faziam telhas ussando como molde a própria coxa. Conforme o tamanho da coxa de cada um, as telhas eram maiores ou mais pequenas. Nasceu assim a expressão para designar um trabalho que não prima pela regularidade.



café e sabedoria popular

Os pacotes de açucar Chave d’Ouro apresentam uma colecção de expressões populares que, logo de manhãzinha, me despertam muito mais do que o café, ou não fossem elas, juntamente com os provérbios e a toponímia, uma das minhas paixões.



quarta-feira, 6 de abril de 2011

estado de espírito

Na minha família, passou de geração em geração a mensagem de que não devemos viver acima das nossas possibilidades. Foi assim que me educaram. Parecerá uma educação saloia, mas a mim sempre me pareceu bastante coerente e inteligente. Talvez por isso me sinta tão triste, e até envergonhada, por constatar que o meu país se comportou durante anos e anos como um novo-rico vaidoso, esbanjador e inconsequente. A tristeza, por vezes, leva-me a ingerir calorias em quantidades gigantescas. Malditos esbanjadores que me fazem engordar!