segunda-feira, 30 de julho de 2012

quinta-feira, 26 de julho de 2012

mudam-se os tempos e os locais, mantêm-se as vontades


A minha infância e adolescência foram passadas numa vila, onde tudo o que se fazia era controlado e criticado por um grupo de pessoas (velhas e menos velhas) que não tinha mais que fazer. Criticava-se o comprimento da saia da Maria, o penteado da Joana, os quilos de carne de porco que a vizinha do lado comprava para o marido, o tempo que a Adélia passava no café, o carrão que os vizinhos da frente tinham comprado, as gargalhadas da Adelina, o mau humor do Manel e muito mais. Sempre estive convencida de que este interesse pela vida alheia e esse deixar-se irritar pelo que os outros vestem, compram e fazem da sua vida era o reflexo de vidas muito vazias, numa terra com pouca oferta em termos de entretenimento e que era uma forma de passar o tempo. Mas eis que surgiram os blogues e vejo pessoas com vidas ativas, (supostamente) preenchidas e  que têm, certamente, muito com que se ocupar, ficarem incomodadas com as alças de soutien que se veem debaixo do top de algumas mulheres,  com as calças justas que alguns homens vestem, com as unhas de gel que dão um ar pimba, com o facto de as pessoas gordas também andarem na rua, e até nas praias, e a lista poderia continuar. E se no primeiro caso percebo que a maledicência fosse uma forma de ocupação no segundo não lhe encontro qualquer justificação e considero-a uma perda de tempo. 

quarta-feira, 18 de julho de 2012

achadores


Há pessoas com quem nos cruzamos na escadaria do prédio, no metro ou na cafetaria da esquina que acham que sim senhor, o governo faz muito bem em despedir professores e que aumentar o número de alunos por turma, eliminar disciplinas e ofertas formativas são ideias muito boas porque “quando eles querem aprender, aprendem”. São pessoas que também consideram... Não, não consideram. Acham. Estas pessoas, geralmente, acham tudo.  São pessoas que acham que fechar serviços de urgências também não faz mal nenhum, porque há muitos serviços de urgências a funcionar.  E, cá para mim, no seu íntimo devem pensar que se alguém morrer antes de conseguir ser atendido pode ser um funcionário público, um desempregado ou um velho reformado  (já se sabe que as pessoas que trabalham não têm tempo para essas coisas) e sempre é menos um ordenado, subsídio ou reforma a pagar. E eu ando a ficar mesmo muito triste. Porque do governo eu não espero nada há muito tempo, mas das pessoas que todos os dias se esforçam para fazer alguma coisa e que vivem do seu trabalho, sem cunhas e benesses, esperava muito mais.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Após várias conversas com alguns (ainda ou novamente) solteiros



As mulheres solteiras afirmam que todos os homens disponíveis são desinteressantes, feiosos ou uns engatatões de quinta categoria e que elas merecem muito mais do que isso.
Os homens solteiros dizem que todas as mulheres disponíveis são fúteis e burras, pãezinhos sem sal ou uns camafeus andantes e que eles merecem muito mais do que isso.
A minha proposta: revisão dos critérios de auto e de heteroavaliação. 

sexta-feira, 6 de julho de 2012

frustração ao quadrado



Passei 25 horas numa formação, que poderia ter sido muito interessante, e quando fui preencher a ficha de avaliação do formador percebi que a nota mínima contemplada é "satisfaz". 
Fui obrigada a fazer um upgrade.

NO 2



segunda-feira, 2 de julho de 2012