terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

arrependimentos


Nunca percebi por que razão muitas pessoas afirmam que só se arrependem daquilo que não fazem. Eu funciono exatamente ao contrário. Embora não seja muito dada a arrependimentos, quando me arrependo é daquilo que faço e quando as consequências não me são favoráveis. Não compreendo por que razão me iria arrepender do que não faço e cujas consequências e resultados apenas pertencem à minha imaginação. Deve ser problema meu, que sou mais dada ao palpável, mensurável e real do que ao mundo das hipóteses.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

that's what friends are for?!


Aos 30 anos, tal como aos 15, há mulheres que, apesar de se estarem nas tintas para o mar e tudo o que lhe diga respeito, continuam a ficar fascinadas por um tipo porque "ele pratica surf, sabes?". Ou que são duríssimas de ouvido, mas que se derretem com um fulano qualquer porque "Opá! Sabes que ele é baterista num grupo de hard rock?" Sim... sim... sei isso tudo, já mo disseram várias vezes. Aliás, parece que, respetivamente, isso é tudo o que há a dizer. 
Perante todo este fascínio, desatam a considerar que uma sms por semana ou um like no facebook são a constatação de que ele também está interessado. Depois, como se não houvesse aqui já muitas semelhanças com comportamentos adolescentes, ainda há as súbitas  e intensas amizades com as pessoas que lhes dão informações e relatórios completos sobre todos os passos diários do fruto de tanto amor.
Aos 30, tal como aos 15, não consigo manter os meus níveis de interesse e entusiasmo muito elevados e, rapidamente, deixo de ser procurada para servir de público no relato dos (não) desenvolvimentos e torno-me numa pessoa muito pouco popular.


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

o são Valentim já não é o que era



Na década de 80 e inícios de 90, os apaixonados adolescentes partiam o mealheiro, faltavam a uma aula e iam, às escondidas dos pais, comprar um urso de peluche ou outra prendinha igualmente pirosa para oferecer à sua paixão. Hoje, pedem aos pais que os levem ao centro comercial e que lhes comprem um perfume ou um relógio da marca X ou Y para oferecer.
Podem dizer-me que tem vantagens e que, atualmente, os pais são mais compreensivos, acompanham mais os filhos e blá blá blá... Pode até ser, mas tem muito menos piada.