segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A galinha da vizinha não é sempre melhor do que a minha

Hoje, junto do metro, fui abordada por uma senhora que me perguntou se eu queria uma empregada doméstica. Depois de declinar a oferta (mantendo-me a única mulher portuguesa com um vencimento acima do ordenado mínimo que não tem empregada) olhei-me de alto a baixo para ver se se notaria muito que mais umas mãozinhas lá em casa me dariam muito jeito: a roupa estava limpa e engomada, as botas devidamente engraxadas; o meu brushing estava perfeito e eu ligeiramente maquilhada (estes dois últimos aspectos não se verificam diariamente). Estranhamente, hoje nem tinha olheiras ou um ar cansado. Deduzo, por isso, que a oferta não foi uma tentativa de me ajudar por estar com um ar estafado e desmazelado, mas sim uma procura activa de alguém que precisa de pagar as contas. No que me diz respeito, senti-me aliviada e, amanhã às 6h50, lembrar-me-ei de não refilar quando tiver de me levantar para enfrentar mais uma jornada.