terça-feira, 2 de março de 2010

top 3

Durante muito tempo, pensei que a situação que melhor ilustrava como sou despistada e propícia a protagonizar figuras tristes era o dia em que levei o carro para o trabalho, mas, no regresso, me esqueci desse pormenor e regressei a casa, caminhando alegremente durante 30 minutos, e só me lembrando do local onde havia deixado o meu fantástico bólide, umas horas mais tarde, quando quase desesperava na rua com a bagagem para o fim-de-semana na mão.
Mais recentemente, abasteci quarenta euros de combustível numa área de serviço do norte do país e só no momento de efectuar o pagamento me apercebi de que tinha comigo a mala errada, não tendo, por isso, dinheiro, cartões ou documentos. Corei, gaguejei, atrapalhei-me e acho que fui convincente, pois consegui continuar a viagem com o compromisso de pagar na semana seguinte (o que, de facto, fiz). Só não me meti num buraco porque não encontrei nenhum e pensei que pior que isto não me poderia acontecer.
Nesta sexta-feira arrumei a bagagem com grande velocidade e coloquei-a no porta-bagagem; não havia tempo a perder! Guardei toda a bagagem. Todinha. Incluindo a chave do carro. A minha chave suplente encontrava-se a duzentos quilómetros de distância e apenas quatro horas mais tarde consegui tê-la na mão e iniciar, desta vez mais calmamente, o fim-de-semana.
Começa a tornar-se difícil escolher o meu melhor momento.