quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O desacordo continua


Parece que é moda dizer que é insuportável ler a Visão ou o Expresso escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. Confesso que também não me agrada tirar o “p” do óptimo ou o “c” da acção, mas, uma vez que o mesmo entrou em vigor, considero que não vale a pena ser fundamentalista e afirmar que nunca o utilizarei, pois entendo que a língua é uma entidade viva e sofre mutações. Aliás, é essa a base da sua riqueza.
Sendo que o período de transição decorre até 2015, até me parece de louvar que o grupo Impresa o adopte nas suas publicações para facilitar a adaptação dos leitores.
O que não suporto mesmo é ouvir ou ler as críticas fervorosas vindas de pessoas que, em cada frase que escrevem ou verbalizam, recorrem a expressões inglesas, como se as portuguesas não fossem suficientemente claras, ou que escrevem mails e sms com a língua dos “k” e dos “x”, esquecendo, nesses momentos, a língua que tanto dizem defender.