segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Dos maus exemplos



Num dos jornais do fim-de-semana li que o número de famílias que recorrem às instituições de apoio e de distribuição alimentar está a aumentar. Eu leio e lamento, mas não consigo ignorar uma realidade que eu conheço. Perto da casa da minha mãe, numa vila do interior, situa-se um centro social que, com uma certa regularidade, entrega um cabaz de alimentos aos carenciados. Não é raro ver os “pobres” a deitarem fora o arroz, o esparguete ou outros alimentos porque não são da marca que gostam.
Quero acreditar que isto não reflecte a atitude da maioria daqueles que pedem ajuda, mas desde o momento em que eu própria presenciei uma destas selecções nunca mais contribuí para o banco alimentar ou outro peditório desse género. Estarei a ser injusta? Talvez, mas não mais do que aqueles que deitam fora a ajuda que lhes é dada, muitas vezes, com sacrifício.