segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Tenho quase a certeza de que é intencional…

Há, por vezes, pessoas que sem conhecerem o meu gosto me fazem ofertas de objectos que considero muito pessoais, como acontece com os perfumes (com os quais sou terrivelmente esquisita), ou que sabendo que eu gosto de literatura me oferecem livros da Margarida Rebelo Pinto. Não se limitam a oferecer e aguardar por um agradecimento e um sorriso. Indagam; querem saber se gosto e, mesmo após obterem uma confirmação que com educação e esforço consigo simular, insistem. Apresentam as razões da escolha, relatam as hesitações e continuam a solicitar o meu agrado pela bela oferta, tornando muito mais dolorosa a árdua tarefa de mentir por simpatia. Não prometo que um destes dias não desista de desempenhar o papel de boa menina a meio da minha representação, quiçá (?!) para gáudio da pessoa que me presenteou.