quarta-feira, 27 de novembro de 2013

o corpo é que paga

Quando estou cansada, mesmo muito cansada, num estado de exaustão generalizado, não consigo descansar e tenho tendência a querer ir para a rambóia, para evitar o desgaste de querer descansar e não conseguir.
Quando tenho muito, mas mesmo muito, trabalho para fazer, tenho tendência para não me conseguir focar numa tarefa de cada vez e acabo por desperdiçar imenso tempo a pensar que tenho tanto trabalho e pouco tempo.
Em ambas as situações, o cansaço e/ou o trabalho aumenta, provocando mais uma intensificação dos sintomas anteriores.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

os professores, esses malandros, pá!


Para o tipo que exerce o cargo de ministro da educação e da cultura, aparentemente, é muito importante que qualquer candidato a professor - seja do 1º ciclo, de Inglês do 2º ciclo ou de Português do secundário - consiga fazer contas à vida e decidir onde comprar o mesmo produto de forma mais económica. Não deixa de fazer sentido. O ordenado, sobretudo o dos contratados, é baixo e novos cortes são anunciados e aplicados quase diariamente, é bom que as pessoas saibam aproveitar os descontos e tal..., mas, já agora e aproveitando que deve ter muitos amigos que ganham a vida a elaborar exames, não seria despropositado que,  antes de serem convidados para tão nobre tarefas, os membros do governo e todos os gestores públicos também fizessem uns exames desse género. Podia ser que se evitassem tantos buracos e falências para nós pagarmos.


Exercício da prova-modelo:

Um indivíduo pretende comprar uma máquina fotográfica. Fez uma prospeção de mercado e encontrou a máquina que procurava em duas lojas, com preços diferentes.
Loja X: O preço da máquina é 120 €, acrescido de uma taxa de 10%.
Loja Y: O preço da máquina é 180 €, mas sobre esse valor aplica-se uma promoção de 30%. A escolha da loja será feita em função do preço mais baixo.

9. O indivíduo irá comprar o artigo
(A) na loja X, porque irá pagar menos 6 € do que na loja Y. 
(B) na loja Y, porque irá pagar menos 6 € do que na loja X. 
(C) na loja X, porque irá pagar menos 40% do que na loja Y. 
(D) na loja Y, porque irá pagar menos 20% do que na loja X. 

continuação



quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Aprendi hoje (e não gostei)


que fazer parte de um projeto financiado, como investigador, consultor ou qualquer outra designação pomposa, é mais uma daquelas coisas que depende menos do reconhecimento do mérito do que da oportunidade.
Trata-se agora de aproveitar a oportunidade para mostrar o mérito.


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

poupadinhos até à exaustão




Se calhar não usavam o verbo "poupar", mas na prática era isso que faziam. Não se faziam despesas que não eram planeadas; reaproveitava-se tudo o que era possível, recorrendo a maior ou menor imaginação; roupa velha transformava-se em nova; nunca havia alimentos fora da validade ou desperdiçados; pensava-se em ter "um pé de meia" para alguma eventualidade... Penso que não usavam o verbo "poupar", mas era isso o que fazia a minha mãe e que já tinha feito a mãe dela. Foi assim que eu cresci. E nunca pensei em fazer férias a crédito, comprar um computador a prestações ou gastar um ordenado numa mala. Mesmo contrariando os estudiosos que dizem que as crianças que não receberam mesada terão dificuldades em ser adultos que sabem gerir adequadamente um orçamento familiar, segui, de forma menos rigorosa, é certo, aquilo que me habituei a ver. No entanto, não sei se por causa disso ou se apesar disso, já não suporto a imensidão de especialistas na arte de poupar que pululam pelos jornais, livros, programas televisivos e de rádio... Aborrecem-me até ao tutano as pessoas que, à hora do almoço ou num insuspeito cafezinho, me querem dar endereços de sites e blogues dedicados a poupanças, que colecionam folhetos, vales e cupões, que gastam horas a pesquisar ao pormenor como conseguirão comprar 8937346 pacotes de guardanapos pelo preço de 167348, que, na ânsia de "poupar",  acumulam 10374 embalagens de um detergente para a máquina de lavar loiça, embora ainda nem tenham comprado a máquina, ou 9834747 pacotes de fraldas para as primeiras crises de incontinência que esperam ter apenas daqui a 50 anos.