quinta-feira, 28 de junho de 2012
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Quando sabemos que atingimos o auge da estupidez?
Quando, num dia de meis-finais do euro, decidimos ligar a televisão e colocá-la num canal generalista, durante o noticiário.
É mesmo necessário ver os jogadores a reproduzir o comportamento de adolescentes numa visita de estudo? Não, não é. Televisor desligado.
É mesmo necessário ver os jogadores a reproduzir o comportamento de adolescentes numa visita de estudo? Não, não é. Televisor desligado.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
sim, não, talvez...
Estes questionários rápidos da doodle recordam-me os
bilhetinhos de infância: "queres ser minha amiga?", "queres
namorar comigo?" etc.. e os respetivos quadradinhos para indicar a
resposta: sim, não, talvez... vou pensar, respondo amanhã...
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Já foi ao Intendente, Sr. Presidente? aplicado ao povo
Fiz o meu percurso
escolar no ensino público. Foi aí que aprendi as bases que depois me levaram a aprofundar ou negligenciar conhecimentos em diversas áreas.
Nunca me pagaram aulas de línguas, de música ou desporto, mas não penso que
isso tenha tido muita influência no meu desinteresse pelas atividades
desportivas, no interesse por línguas e na minha relação assim-assim com a
música.
Partilhei as aulas
com alunos inteligentes e outros que nunca conseguiram mostrar que o eram, com
gente interessada e interessante, mas também com os que apenas queriam passar o
tempo, com pessoas educadas e generosas e com outros que nem se preocuparam em
saber o que isso significa. Alguns esforçavam-se e tinham objetivos para o
futuro, outros dedicavam-se a inventar estratégias de boicote às aulas. Aprendi
ao lado do filho do senhor doutor xpto, do filho da empregada do primeiro, do
filho do cigano ou do filho daquela
senhora muito dada e que ganhava a vida de forma duvidosa. Passávamos
juntos os intervalos, frequentávamos as festas de aniversário uns dos outros, e
não me consta que tenha havido proibições ou indicações para não nos
misturarmos.
Os meus pais nunca
me levaram a ver os pobres nem me disseram que tinha de ser educadinha com os
meninos que estão na feira. Também não me lembro de me terem explicado que
havia famílias com hábitos culturais diferentes e que eu devia respeitar. Tal como não me disseram para
compreender os que tinham triciclos muito giros, jogos caros ou casas com piscina, que eu não tinha. Todos eram os meus colegas e amigos. Ponto final.
Quando cresci,
decidi que queria continuar a viver com todos e não apenas com os inteligentes,
bonitos e ricos. Foi por essa razão que quis trabalhar no ensino público, não
foi por causa das regalias (!?). Tenho toda a certeza de que a vida diária de
quem trabalha com e para todos é muito diferente, e também muito mais rica, do
que a dos que trabalham em ambientes controlados e higienizados e continuo
convencida de que fiz a escolha certa.
Por tudo isto, às
vezes falta-me a paciência para aturar pessoas que cresceram numa redoma, protegidas
por colégios caros e relações de amizade baseadas no estatuto social das
famílias, quando decidem perorar sobre os direitos dos fracos e oprimidos, mas
que, no fundo, apenas sabem que há gente pobre, sim, já viram alguns a pedir no
metro. Também sabem que há desemprego, porque leem os jornais e conhecem
desempregados, pois é... a filha da empregada doméstica, coitada, perdeu o
trabalho lá no restaurante... Ah!! E admiram muito os ciganos. Adoram-nos. Têm
uns quantos CDs dos Gipsy Kings lá em casa.
inspira e expira
Quando faço vigilâncias de exames, apetece-me sair por aí e desatar a dar abracinhos solidários a todos os seguranças que têm essa entediante tarefa todos os dias.
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Para consultar antes de ir à sapataria
Toda a gente sabe que não se pode ir ao supermercado de estômago vazio, pois as consequências para a carteira e para a dieta são, invariavelmente, muito nefastas.
Devia ser, igualmente, do conhecimento geral que não se devem ir comprar sapatos depois de se ter passado um dia com os pés apertadíssimos e doridos, quase impossibilitada de andar, sob pena de se gastar uma pequena fortuna nos primeiros sapatinhos, próprios para reformadas com joanetes, com um aspeto fofo e confortável. Quando as dores passarem e o olhar estiver menos turvo, não vai ser bonito de ser ver.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
analisando a caixa de entrada do telemóvel
Ultimamente, recebo mais sms de instituições bancárias, lojas, empresas de vendas online, marcas e afins do que de pessoas reais.
Este facto suscita-me uma dúvida: deverei rever as minhas relações sociais ou os meus hábitos de consumo?
Relativismo: caso prático
Num café, em Tróia, duas amigas/conhecidas/vizinhas (?) encontram-se. Beijinho, beijinho e, em simultâneo, "Ah!!! Estás cá?!". As respostas atropelam-se:
- Não, não estou. Vim hoje e vou amanhã.
- Sim, estou. Vim hoje e vou amanhã.
Beijinho, beijinho.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
um jarro de água, por favor
Uma pessoa tem uns dias de cão.
Sente-se zangada, triste, injustiçada e sabe que precisa de uns minutos ou de umas
horas em que possa estar sozinha e viver essa tristeza, mas não pode. Tem
trabalho para fazer, prazos apertados a cumprir, está sempre rodeada de gente,
tem de sorrir, participar, parecer feliz. Ao recordar, mentalmente, a agenda vê
que só terá 2 ou 3 horas para dedicar a esta peninha de si própria na 5ª feira
de manhã e, até lá, a ocasião é propícia
à diversão. Define uma estratégia: até 4ª à noite vai dedicar-se à alegria e
ao esquecimento, mas sempre de olhos postos na 5ª de manhã.
Quinta-feira de manhã. Passou muito
tempo. A tristeza e zanga ainda espreitam, mas já não merecem que se lhes
dedique uma manhã inteira.
Não sei se estarei a ver o copo meio vazio, mas não estou certa de que isto seja positivo.
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