sexta-feira, 11 de julho de 2014

o ovo ou a galinha

No meu local de trabalho, a maioria das pessoas procura meticulosa e ansiosamente um esquecimento, um atraso, um lapso... qualquer coisa que possa ser apontada como uma falha ou incompetência de terceiros. Por outro lado, no meu local de trabalho, a maioria das pessoas, quando questionada sobre um procedimento, um documento, o cumprimento de um prazo... defende-se com unhas e dentes, assegurando a sua inquestionável competência, ainda que se trate de uma conversa casual. 
Embora eu me tenha apercebido dos dois comportamentos, mais ou menos, em simultâneo, não tenho muitas dúvidas de que há aqui uma relação de causa-efeito, mas não sei qual dos dois se terá evidenciado primeiro, dando origem ao segundo. 
Tenho pena de ter reparado, é uma forma triste de (quase) terminar mais um ano de trabalho.



quinta-feira, 3 de julho de 2014

motivação externa (2)


Há alturas da nossa vida em que vemos que temos uns quilinhos a mais e pensamos que temos de fazer uma dieta, mais ou menos rigorosa. Há outras alturas em que vemos que temos uns quilinhos a mais, mas sabemos que não vale a pena pensar em fazer dieta porque não vamos cumprir e adiamos essa penosa tarefa para outro momento mais propício ao sucesso. E é  esta segunda hipótese que, agora, me assenta como uma luva. Ou melhor, me assentava. Apareceram outras variáveis: (i) os vestidos de verão, leves, soltos e vaporosos; (ii) a idade em que os outros decidem que "tens de te despachar!"; (iii) o cansaço e  (algum) calor que me provocam dor de cabeça; (iv) as noites mal dormidas e as consequentes olheiras. Não há outra opção: vou ter de fazer dieta antes que me comecem a oferecer prendas para o bebé.



quarta-feira, 2 de julho de 2014

a descalcinha das feiras

Gosto de feiras. Populares, medievais, de artesanato...  tanto faz. Gosto de todas. O meu périplo estival pelas feiras e feirinhas já começou e mal posso esperar pelo fim de semana para lhe dar continuidade. A culpa do post anterior? Ah! Posso bem com isso!

terça-feira, 1 de julho de 2014

culpa

O que, de vez quando, me causa algum arrependimento e me leva a questionar se valerá a pena investir tanto de mim e da minha vida no atual doutoramento, ou noutros cursos anteriores, não é a falta de tempo para ler, ir ao cinema ou ao teatro, passear, namorar, dormir, descansar, conviver... Para aquilo que me é, de facto, importante eu consigo arranjar tempo que vou roubar a prazeres menores. O que me causa algum arrependimento e me obriga a questionar-me é o sentimento de culpa que se apodera de mim quando, incauta e feliz, usufruo do meu tempo. 
Sentimentos de culpa, de traição e de infidelidade. É tramado...