segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

facebook, o evangelizador

Durante a minha infância e adolescência, não tive uma educação para o que agora se designa de educação para o otimismo, para a felicidade e outras coisas positivas. Fui educada para o trabalho, o esforço, a seriedade, a responsabilidade, o rigor e outras características e valores que nos remetem imediatamente para caras carrancudas e azedas. 
Não havia nessa forma de educação qualquer fundamento religioso ou uma linha pedagógica, era apenas uma forma de ser e de se estar na vida. Brincadeiras, gargalhadas, diversão? Também aconteciam, pois claro. Imediatamente seguidas de um alerta: cuidado! tanta galhofa hoje, deve estar quase a acontecer alguma coisa!! Animais? Nem pensar! Sujam a casa. Brinquedos espalhados pelo chão? Nunca! A casa tem de estar sempre impecável! Palavras amorosas? Para quê? A vida não é assim. 
Felizmente, saí de casa antes de ter perdido todo e qualquer resquício de sentido de humor e a capacidade de me rir de mim e de alguns percalços da vida. A tempo de saber que a melhor forma de encarar a vida é com leveza. Que o copo não está sempre meio vazio. 
Saí a tempo e nunca desisti de "evangelizar" a minha mãe. A vida não é só trabalho, obrigações, dever. Nunca me pareceu que estivesse a conseguir provocar grandes alterações e eis que, vindo do nada, o facebook revela-me uma mãe que partilha fotos pirosas de animaizinhos fofinhos e repletas de frases piegas. Revela-me uma mãe que acha piada às gracinhas das crianças e que fica maravilhada com paisagens e dizeres espirituosos. Podias ter chegado mais cedo, facebook.



sábado, 21 de dezembro de 2013

preparativos para o 1º jantar de Natal


dentro de momentos...



quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

fazer às três pancadas para mais tarde corrigir: vantagens e desvantagens

vantagens:


  • aproveitam-se as ideias do momento;
  • não fica tudo por fazer;
  • dá uma sensação de alguma tranquilidade

desvantagens:

  • a sensação de andar a arrastar o tema/trabalho muito tempo começa a enjoar;
  • não apetece melhorar o que já está feito;
  • a sensação de tranquilidade pode provocar procrastinação

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

foco




Só sonhar não basta. Foco. Preciso de foco.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

pergunta retórica



Desperdiçar passar uma manhã a ler técnicas e estratégias de gestão de tempo não será um paradoxo?


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

pois... se calhar...




Pelo menos, mais original e exequível do que as que me ocorrem.


imagem daqui

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

o corpo é que paga

Quando estou cansada, mesmo muito cansada, num estado de exaustão generalizado, não consigo descansar e tenho tendência a querer ir para a rambóia, para evitar o desgaste de querer descansar e não conseguir.
Quando tenho muito, mas mesmo muito, trabalho para fazer, tenho tendência para não me conseguir focar numa tarefa de cada vez e acabo por desperdiçar imenso tempo a pensar que tenho tanto trabalho e pouco tempo.
Em ambas as situações, o cansaço e/ou o trabalho aumenta, provocando mais uma intensificação dos sintomas anteriores.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

os professores, esses malandros, pá!


Para o tipo que exerce o cargo de ministro da educação e da cultura, aparentemente, é muito importante que qualquer candidato a professor - seja do 1º ciclo, de Inglês do 2º ciclo ou de Português do secundário - consiga fazer contas à vida e decidir onde comprar o mesmo produto de forma mais económica. Não deixa de fazer sentido. O ordenado, sobretudo o dos contratados, é baixo e novos cortes são anunciados e aplicados quase diariamente, é bom que as pessoas saibam aproveitar os descontos e tal..., mas, já agora e aproveitando que deve ter muitos amigos que ganham a vida a elaborar exames, não seria despropositado que,  antes de serem convidados para tão nobre tarefas, os membros do governo e todos os gestores públicos também fizessem uns exames desse género. Podia ser que se evitassem tantos buracos e falências para nós pagarmos.


Exercício da prova-modelo:

Um indivíduo pretende comprar uma máquina fotográfica. Fez uma prospeção de mercado e encontrou a máquina que procurava em duas lojas, com preços diferentes.
Loja X: O preço da máquina é 120 €, acrescido de uma taxa de 10%.
Loja Y: O preço da máquina é 180 €, mas sobre esse valor aplica-se uma promoção de 30%. A escolha da loja será feita em função do preço mais baixo.

9. O indivíduo irá comprar o artigo
(A) na loja X, porque irá pagar menos 6 € do que na loja Y. 
(B) na loja Y, porque irá pagar menos 6 € do que na loja X. 
(C) na loja X, porque irá pagar menos 40% do que na loja Y. 
(D) na loja Y, porque irá pagar menos 20% do que na loja X. 

continuação



quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Aprendi hoje (e não gostei)


que fazer parte de um projeto financiado, como investigador, consultor ou qualquer outra designação pomposa, é mais uma daquelas coisas que depende menos do reconhecimento do mérito do que da oportunidade.
Trata-se agora de aproveitar a oportunidade para mostrar o mérito.


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

poupadinhos até à exaustão




Se calhar não usavam o verbo "poupar", mas na prática era isso que faziam. Não se faziam despesas que não eram planeadas; reaproveitava-se tudo o que era possível, recorrendo a maior ou menor imaginação; roupa velha transformava-se em nova; nunca havia alimentos fora da validade ou desperdiçados; pensava-se em ter "um pé de meia" para alguma eventualidade... Penso que não usavam o verbo "poupar", mas era isso o que fazia a minha mãe e que já tinha feito a mãe dela. Foi assim que eu cresci. E nunca pensei em fazer férias a crédito, comprar um computador a prestações ou gastar um ordenado numa mala. Mesmo contrariando os estudiosos que dizem que as crianças que não receberam mesada terão dificuldades em ser adultos que sabem gerir adequadamente um orçamento familiar, segui, de forma menos rigorosa, é certo, aquilo que me habituei a ver. No entanto, não sei se por causa disso ou se apesar disso, já não suporto a imensidão de especialistas na arte de poupar que pululam pelos jornais, livros, programas televisivos e de rádio... Aborrecem-me até ao tutano as pessoas que, à hora do almoço ou num insuspeito cafezinho, me querem dar endereços de sites e blogues dedicados a poupanças, que colecionam folhetos, vales e cupões, que gastam horas a pesquisar ao pormenor como conseguirão comprar 8937346 pacotes de guardanapos pelo preço de 167348, que, na ânsia de "poupar",  acumulam 10374 embalagens de um detergente para a máquina de lavar loiça, embora ainda nem tenham comprado a máquina, ou 9834747 pacotes de fraldas para as primeiras crises de incontinência que esperam ter apenas daqui a 50 anos.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

novas oportunidades - contracorrente


Por uma ou outra razão, volta e meia lá aparecem uns artigos, comentários, opiniões ou meros bitaites sobre os programas de educação e formação de adultos, normalmente referindo-se às famigeradas novas oportunidades.
Muitas vezes leio ou ouço as críticas e não digo nada. Afinal toda a gente sabe que era “uma palhaçada”, que “se davam certificados apenas por contar a história de vida”, que era “um embuste em que se engavam os formandos e os formadores ganhavam uns trocos sem fazer nenhum”.
Às vezes chego a pensar que se toda a gente sabe isso tudo, eu é que estarei errada e a experiência que eu tive durante 18 meses foi um caso isolado. Ou se calhar não foi um caso isolado, mas quem fala muito sobre o assunto até o faz de cor, baseado na ideia negativa que se criou.  A experiência que eu, como mediadora de um curso de educação e formação de adultos, tive faz-me saber o seguinte:
- não foram 2 ou 3 meses e apenas meia dúzia de aulas, foram 18 meses com aulas diárias entre as 19h00 e as 23h30.
- é verdade que se escreveu uma autobiografia, se refletiu sobre as aprendizagens e experiências realizadas ao longo da vida e a forma como as mesmas contribuíram para aquisição ou desenvolvimento de competências;
- mas também se traçaram objetivos e se definiram estratégias para os alcançar;
 - incrementou-se o hábito de ler jornais e de comentar criticamente as notícias da atualidade, a nível económico, político e social;
- leram-se obras de referência da literatura portuguesa e estrangeira;
- também se discutiu cinema, após o visionamento em casa ou na escola.
- discutiram-se leis fundamentais no dia-a-dia como cidadãos: código do trabalho, lei do arrendamento, entre outras;
- simularam-se operações bancárias: empréstimos, depósitos, aplicações financeiras. Discutiram-se as vantagens e desvantagens, explorou-se a terminologia bancária;
- realizaram-se visitas de estudo. Alguns formandos visitaram, pela primeira vez, um museu e conseguiram apreciar uma obra de arte;
- organizaram-se encontros e fóruns temáticos, para os quais se convidaram especialistas em vários domínios do conhecimento;
- efetuaram-se as diligências necessárias para organizar acontecimentos informativos e culturais, abertos à comunidade local,  etc.
- ...
Em suma, foram dezoito meses em que se promoveu a discussão de ideias e em que os formandos se consciencializaram da importância do conhecimento e da informação.
Naturalmente, nem todos os formandos mostraram o mesmo empenho. Nada que seja estranho ao ensino regular ou a qualquer ambiente profissional. Mas o balanço foi bastante positivo e em nada se enquadra nos comentários depreciativos que por aí pululam sobre as novas oportunidades.


sábado, 5 de outubro de 2013

falta de olho para o negócio


Que me enviem emails com propostas para aumentar o pénis eu até aceito. Através do nome não se consegue obter grande informação. Mas que à porta de uma loja de roupa interior me entreguem publicidade a push-ups já me parece muita distração e um evidente desperdício de papel. 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

espelho meu, espelho meu

Aparentemente, muita gente pensa que quando uma mulher é abordada na rua por um energúmeno  com um "comia-te toda" ou "que lindas pernas, a que horas abrem?" deve sentir-se feliz porque está a receber um elogio.  Aparentemente, há quem pense que estas pérolas poéticas apenas são dirigidas a beldades e, como tal, as visadas devem sentir-se muito agradecidas e com o ego alimentado. 
Se fossem apenas homens a acreditar nesta imbecilidade a mim não me surpreenderia. Sim, eu sei que também há homens que recebem os tais piropos, mas com que regularidade? que tipo de piropo? também lhes fazem sentir que o decote da camisola serve apenas para que lhes elogiem as mamas? também lhes andam constantemente a propor fazer isto e aquilo? Não acredito muito. Voltando um pouco atrás, o que me surpreendeu, e de acordo com as caixas de comentários de jornais e as discussões no Facebook, é que há mulheres (e muitas!) que acreditam mesmo que são elogios. Que acham engraçado. Que acham que lhes faz bem ao ego. Mais: pensam estas mulheres e estes homens que as mulheres que consideram que ninguém tem o direito de as interpelar para lhes fazer comentários ou propostas, mais ou menos ordinárias, têm inveja. Claro, o argumento número um tinha de ser invocado. E que têm falta de sexo. Obviamente, o argumento número dois também tinha de vir à baila. 
Portanto, resumindo de forma muito breve o que se passa nessas cabecinhas: as mulheres que gostam de se arranjar como muito bem entendem, não querendo ouvir comentários de qualquer imbecil que se lembra de lhes dizer o que pensa das suas mamas ou que lhes fazia se pudesse são umas coitadas sem sexo e sem auto-estima. As que alimentam o ego com as bocas foleiras e as sugestões de qualquer baboso de meia tigela são muito felizes e têm sexo a rodos. Faz muito sentido, não faz? Pois....

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

sei o que fizeste este verão


O meu bronze não revela marcas de biquínis sexys e delicados ou de fatos de banho com alças estranhas; revela o uso (excessivo?) de tops, saias, calções e vestidos durante as passeatas e caminhadas. Muito bonito, pois então. 
No próximo de verão tenho de repensar onde passo as minhas férias ou rever a indumentária.





quarta-feira, 31 de julho de 2013

a gaiola dourada

Fui à ante-estreia e gostei.
Não faltarão, com certeza, os críticos e os entendidos em cinema que dirão que se baseia em ideias e personagens estereotipadas e em clichés. 
Mas esse tipo de crítica em relação a tudo o que movimente as massas não é, também ele, um cliché com que todos já contamos?




 

sexta-feira, 26 de julho de 2013

diy



Hoje dediquei-me durante algumas horas a trabalhos manuais para assinalar uma data especial. Quando terminei e olhei para o produto final não pude deixar de constatar que o amor é mesmo piroso. 
Ainda assim, estou feliz :)







quinta-feira, 25 de julho de 2013

constatação do 1º dia de férias


Eu sou uma pessoa que, assim que tem oportunidade, passa muito tempo parada a pensar.



sintomas de excesso de amor ao trabalho:


  • desde que entrei de férias, ontem à tarde, apoderou-se de mim uma dor de cabeça que não me libertou nem durante as horas  em que (quase) dormi;
  • quando tentei ir fazer compras, hoje de manhã, dei por mim a ir para o trabalho - exatamente a direção oposta à que devia tomar.
Parece-me que nada disto é positivo.


segunda-feira, 22 de julho de 2013

aspeto em que tenho vindo a melhorar de ano para ano


capacidade de resistência à frustração.





sexta-feira, 19 de julho de 2013

sexta-feira, 12 de julho de 2013

os "bobos" do facebook


"NÃO AUTORIZO COBRANÇAS POR PARTE DO FACEBOOK, DIRETA OU INDIRETAMENTE.
FALTAM 12 HORAS PRAZO FINAL, ACABOU DE SAIR NA MÍDIA, EXTRA OFICIAL, passou no Splash (domingo passado) e no Programa da Querida Julia na quinta-feira, no Jornal Nacional e na terça-feira, na RFM na segunda-feira, no Jornal da Noite, no sábado passado no Gosto Disto e no Corean On Line, Daqui a 30 horas os fiscais do Face darão início a busca seletiva avançada a procura desse aviso no seu mural, tal qual está escrito aqui, e então o facebook e todos os serviços continuarão a ser gratuitos e sem o envio de dados ao governo americano. Do contrário, os dados continuarão a ser pesquisados pelo governo americano, as fotos serão visíveis por todos e seu nome irá para lista de inadimplentes com inclusão no SCP – CPT – SERAZA – OLGIZ - BANK CITY - BOBONIS E TROLINS (conforme lei 3102/07-06, recentemente aprovada pela Constituição da Republica). Caso não tenha esse aviso copiado, colado e registrado em arquivo word no seu computador com um print screen de tela, os agentes do face ligarão a cobrar, uma ligação internacional de 30 minutos, cobrando a taxa de 5,99 E (convertidos a moeda corrente do país pouco mais de 10,00 E por dia mais juros) por semana debitado diretamente na conta telefônica no seu ponto de acesso wi-fi internet segura – Não esqueça de colar isso no seu mural e você estará livre da cobrança e livre de ser taxado de bobo mais uma vez, dentre outros inconvenientes. Caso contrário, em trinta dias suas publicações tornar-se-ão públicas propriedade na privada, suas mensagens e fotos,
EU NÃO AUTORIZO!!!
(copiem e colem o mais rápido possível o tempo está esgotando)"


Deparei-me com isto em dois dos meus contactos do Facebook. Tive uma vontade tremenda de lhes dar um par de estalos, para ver se acordam, e de os bloquear. Admite-se que pessoas adultas alinhem nestes disparates? É muito difícil perceber que este post é uma mixórdia de um texto que iniciou no Brasil e que foi adaptado ao colocar alguns (ou todos? não sei) programas televisivos da televisão portuguesa? (ACABOU DE SAIR NA MÍDIA?!??!) Que raio de instituições são aquelas onde me vão considerar "inadimplente" - "SCP – CPT – SERAZA – OLGIZ - BANK CITY - BOBONIS E TROLINS "?
Já alguma vez leram ou consultaram uma lei portuguesa? Deixo um exemplo: Lei do Arrendamento Urbano - Lei 31/2012, de 14 de agosto. A leitura é fácil: foi a 31ª lei do ano de 2012 e foi aprovada a 14 de agosto. Então e a lei 3102/07-06 é o quê? Pois... não sei. 
"recentemente aprovada pela Constituição da Republica" ahahahahahha!
Os agentes do facebook ligam a cobrar para onde? 5,99 E (euros?) convertidos na moeda do país dá 10,00 E. Como assim?
Estes foram os disparates que me saltaram à vista, mas há mais e acho inadmissível que as pessoas entrem nestas correntes de estupidez sem um mínimo de capacidade de análise. Neste caso, é apenas o facebook. Não é grave. Mas quem aceita e reproduz um post destes de forma completamente acrítica terá, certamente, a mesma atitude perante aspetos importantes da vida pessoal e em sociedade. 
Ao contrário do que refere o post, colocar este texto no mural é uma forma "de ser taxado de bobo mais uma vez" 

quarta-feira, 10 de julho de 2013

arbitrariedades



Dois colegas. Homens, solteiros e com uma idade aproximada. Sempre os primeiros a chegar ao local de trabalho e os últimos a sair. Diz-se de um deles, com um ar elogioso: "É muito empenhado, trabalha imenso!" e do outro, com pena: "Está sempre a trabalhar, coitado... Não tem vida própria..."

segunda-feira, 8 de julho de 2013

ainda bem que não costumo bater perna em centros comerciais


Vi um vestido de que gostei muito. Provei-o e confirmei que só me ficaria bem daqui a - 8kgs. Comprei-o. Já tentei descobrir por que razão, mas continuo com dúvidas:
- excesso de autoconfiança?
- estratégia de automotivação?
- consumismo puro e duro?
- consequências de muito sol na cabecinha? 

Provavelmente, esta última hipótese...

quarta-feira, 3 de julho de 2013

estes dias estão bons é para os humoristas


Quanto a mim, não estou a despachar o trabalho porque passo metade do tempo a tentar saber se há mais desenvolvimentos políticos e a outra metade a dar umas gargalhas com as graçolas que vão aparecendo. Um ataque à minha produtividade, é o que é.

domingo, 30 de junho de 2013

Levantado do chão



A narrativa desenvolve-se no Alentejo. 
Apesar de estar a gostar bastante, ando a ler a um ritmo muito lento. 
Isto chama-se coerência.





sexta-feira, 28 de junho de 2013

para que conste

eu nunca, mas mesmo nunca, comi uma bola de berlim na praia.
É um facto que eu sou uma frequentadora muito pouco assídua de praias, mas na verdade não me parece minimamente apelativo comer um bolo frito e gorduroso debaixo de um sol abrasador. Prefiro gelados. Qualquer um. E as bolas de berlim, deixo-as para o inverno, sentada no sofá e com uma mantinha por cima. 




quinta-feira, 27 de junho de 2013

pessoas que têm o imposto de circulação automóvel para pagar, o cartão de cidadão para renovar ou qualquer outra documentação para tratar

não sabiam que hoje, 27 de junho, era dia de greve geral? 


hipótese 1 - Sim, sabia, mas tentei a sorte... podia ser que aquele serviço estivesse a funcionar.... houve uma colega que disse que sim... não estava à espera de estar fechado...
Pois, podia. Mas também podia estar encerrado, então qual é a surpresa?


hipótese 2 - Não, não sabia. Não costumo ver os noticiários.
Se se autoexclui da informação, também de está a excluir de todo e qualquer serviço. Perde o direito a refilar.

hipótese 3 - Sim, sabia. Mas vim ver se este serviço estava a funcionar. Vim lá da minha aldeia, fiz 60 kms para nada.
É fácil perceber: queria correr o risco de não ser atendido, pois não podia perder esta oportunidade de dizer que o país não avança porque ninguém quer trabalhar. Já ganhou o dia.

hipótese 4 - Fiz greve e vim tratar destes papéis. Agora não sei quando é que poderei resolver isto...
Ah! Eu tenho direito à greve, mas tu não tens!







segunda-feira, 24 de junho de 2013

domingo, 23 de junho de 2013

como emagrecer sem privar-se de nada



Apenas é necessário deixar de consumir:
- arroz, massas, batatas, pão, manteiga, doces, petiscos, vinho, cerveja, muitos frutos, alguns legumes, bolos, chocolates, gelados, fritos, cereais... 
Ora, não me lixem. Onde é que ficou aquela parte do "sem privar-se de nada"?





quinta-feira, 20 de junho de 2013

dia 1


Objetivo para o primeiro dia de dieta:

. comer tudo o que existe cá em casa para poder comprar apenas alimentos pouco calóricos.




segunda-feira, 17 de junho de 2013

em greve

Toda a gente fala da greve dos professores e ninguém se espanta com o óbvio:

- Então os professores não estão já de férias?!?

Como toda a gente sabe, os professores entram de férias assim que os alunos terminam as aulas, o que já aconteceu. Como toda a gente sabe, têm três meses de férias para poderem viajar por locais exóticos, gastando os  ordenados que, como toda a gente sabe, são bastante chorudos. Como toda a gente sabe, é uma profissão com muitas regalias, muita estabilidade e tranquilidade; esta greve deve ser apenas uma tentativa de dar alguma emoção à monotonia dos seus dias.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

oito horas e meia em nomes


conversa. irritação. teatro. diversão. queda. preocupação. hesitação. tentativa. decisão. incompreensão. exasperação. estupefação. descrença. cansaço. persistência.

Santo António em verbos


estacionar.comer. beber. conversar. andar. dançar. cantar. rir. dormir. descansar. preguiçar.


domingo, 2 de junho de 2013

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Planos para o fim de semana:




Cansar-me. Cansar-me muito. Cansar-me tanto fisicamente, que me veja obrigada a libertar-me do cansaço mental que me acompanha há semanas.





sexta-feira, 24 de maio de 2013

provavelmente, uma boa ideia para seguir


"Os Abokowo penduram-se nas árvores para amadurecer. Sabem que isso acontece aos frutos e que estes ficam doces. Por isso fazem o mesmo, acreditando que, por se portarem como frutos, amadurecem também, tornando-se naturalmente mais doces nos seus relacionamentos. Não é raro ver um Abokowo pendurado numa árvore depois de ter tido uma discussão mais violenta."



Afonso Cruz, Enciclopédia da Estória Universal - Arquivos de Dresner

:)


"Certos livros são as piores humilhações, são a braguilha aberta da alma."

Afonso Cruz, Enciclopédia da Estória Universal - Arquivos de Dresner

sexta-feira, 5 de abril de 2013

E quem disse que coerência é fundamental?


Sinto-me sem um pingo de energia e estou de tal forma exausta que até tenho vontade de ir jantar fora e fazer uma noitada. 



segunda-feira, 4 de março de 2013

sessão dupla

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

arrependimentos


Nunca percebi por que razão muitas pessoas afirmam que só se arrependem daquilo que não fazem. Eu funciono exatamente ao contrário. Embora não seja muito dada a arrependimentos, quando me arrependo é daquilo que faço e quando as consequências não me são favoráveis. Não compreendo por que razão me iria arrepender do que não faço e cujas consequências e resultados apenas pertencem à minha imaginação. Deve ser problema meu, que sou mais dada ao palpável, mensurável e real do que ao mundo das hipóteses.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

that's what friends are for?!


Aos 30 anos, tal como aos 15, há mulheres que, apesar de se estarem nas tintas para o mar e tudo o que lhe diga respeito, continuam a ficar fascinadas por um tipo porque "ele pratica surf, sabes?". Ou que são duríssimas de ouvido, mas que se derretem com um fulano qualquer porque "Opá! Sabes que ele é baterista num grupo de hard rock?" Sim... sim... sei isso tudo, já mo disseram várias vezes. Aliás, parece que, respetivamente, isso é tudo o que há a dizer. 
Perante todo este fascínio, desatam a considerar que uma sms por semana ou um like no facebook são a constatação de que ele também está interessado. Depois, como se não houvesse aqui já muitas semelhanças com comportamentos adolescentes, ainda há as súbitas  e intensas amizades com as pessoas que lhes dão informações e relatórios completos sobre todos os passos diários do fruto de tanto amor.
Aos 30, tal como aos 15, não consigo manter os meus níveis de interesse e entusiasmo muito elevados e, rapidamente, deixo de ser procurada para servir de público no relato dos (não) desenvolvimentos e torno-me numa pessoa muito pouco popular.


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

o são Valentim já não é o que era



Na década de 80 e inícios de 90, os apaixonados adolescentes partiam o mealheiro, faltavam a uma aula e iam, às escondidas dos pais, comprar um urso de peluche ou outra prendinha igualmente pirosa para oferecer à sua paixão. Hoje, pedem aos pais que os levem ao centro comercial e que lhes comprem um perfume ou um relógio da marca X ou Y para oferecer.
Podem dizer-me que tem vantagens e que, atualmente, os pais são mais compreensivos, acompanham mais os filhos e blá blá blá... Pode até ser, mas tem muito menos piada.