Eu costumava sentir algum desprezo por pessoas que não gostam de ler ou são pouco conhecedoras da língua portuguesa. Depois cresci. Cresci e percebi que o mundo se estende para lá do meu umbigo e que não me pareceria muito correto também eu ser merecedora de desprezo por não ser uma praticante regular de desporto, e quando o pratico fazê-lo com dois pés esquerdos; por ter como principal critério na escolha de uma refeição o fator "vontade" e não "índice nutricional" e/ou "índice calórico"; por ter tendência a alterar as regras dos jogos de tabuleiro, de forma a torná-los mais rápidos; por adormecer a ver o Matrix. Por.... por... por...