terça-feira, 31 de agosto de 2010
Primavera, Outono, Inverno, Verão
Eu juro que não percebo qual é o encanto que toda a gente vê no Verão.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Quando é que eu arrumo o carro?
Quando me deparo com os heróis das passadeiras. Aqueles que quando vêem um carro parado, desaceleram o passo, param para conversar com os amigos, fazer telefonemas ou namorar e nos olham com ar de desafio.
Eu aproveito para arrumar a papelada que anda sempre na porta do carro, ver o que existe no porta-luvas (e as agradáveis surpresas que eu tenho?!), actualizar as estações de rádio que tenho memorizadas, procurar CDs perdidos... Enfim... há sempre muito para fazer.
Se tiver uma semana cheia de heróis, posso sempre arrumar a mala e aí, meus amigos, podem permanecer na passadeira o tempo que quiserem, pois será sempre pouco.
Só arranco novamente após ter(em) saído da passadeira ou quando alguém mais apressado me buzina. Garanto que resulta. O meu tempo não é desperdiçado e o ar de frustração que lhe(s) vejo espelhado no rosto é impagável!
Só arranco novamente após ter(em) saído da passadeira ou quando alguém mais apressado me buzina. Garanto que resulta. O meu tempo não é desperdiçado e o ar de frustração que lhe(s) vejo espelhado no rosto é impagável!
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Os telemóveis não gostam de atum
No dia em que deixei o meu telemóvel cair dentro duma lata de (pouco) atum com (muito) óleo, onde ficou uns minutos por ser muito dificil tirá-lo de lá, imaginei que aquela intimidade não teria sido muito saudável. Pois é... tenho, neste momento, um telemóvel cuja parte digital está morta por afogamento: não faz chamadas, não escreve nem lê mensagens. Apenas me serve para receber telefonemas, quando tenho a sorte (ou azar) de chegar a tempo, pois, caso contrário, fico sem saber quem ligou.
Hoje vou tentar encontrar um telemóvel que cumpra os seguintes requisitos: seja branco, tenha câmara fotográfica, não seja estupidamente caro e que seja maior do que uma lata de atum.
O desacordo continua
Parece que é moda dizer que é insuportável ler a Visão ou o Expresso escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. Confesso que também não me agrada tirar o “p” do óptimo ou o “c” da acção, mas, uma vez que o mesmo entrou em vigor, considero que não vale a pena ser fundamentalista e afirmar que nunca o utilizarei, pois entendo que a língua é uma entidade viva e sofre mutações. Aliás, é essa a base da sua riqueza.
Sendo que o período de transição decorre até 2015, até me parece de louvar que o grupo Impresa o adopte nas suas publicações para facilitar a adaptação dos leitores.
Sendo que o período de transição decorre até 2015, até me parece de louvar que o grupo Impresa o adopte nas suas publicações para facilitar a adaptação dos leitores.
O que não suporto mesmo é ouvir ou ler as críticas fervorosas vindas de pessoas que, em cada frase que escrevem ou verbalizam, recorrem a expressões inglesas, como se as portuguesas não fossem suficientemente claras, ou que escrevem mails e sms com a língua dos “k” e dos “x”, esquecendo, nesses momentos, a língua que tanto dizem defender.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
dos nomes próprios
Hoje conheci dois irmãos: o Salvador e a Felicidade.
Sem dúvida, têm uns pais mesmo optimistas!
domingo, 22 de agosto de 2010
Eu devia era andar entretida com leituras light
É assustador pensar nas barbaridades que, em nome da ciência, se estarão a cometer neste momento, perante os nossos olhos e concordância, e que se virão a comprovar não serem mais do que uma brutalidade.
“Itard [séc. XIX] levou a cabo os mais extravagantes procedimentos médicos com crianças (...) surdas, depois de os seus muitos anos de tentativas para lhes ensinar técnicas de oralidade se terem revelado completamente infrutíferos. Começou por aplicar electricidade nos ouvidos de alguns alunos (...) Furaram-se ainda os tímpanos de seis estudantes, mas a operação mostrou-se dolorosa e infrutífera, e Itard acabou por desistir. Mas já não o fez a tempo de evitar a morte de um estudante, que faleceu na sequência do seu tratamento... (Lane, 1992:191)”
“Alexander Graham Bell (...) considerava que, uma vez que existiam padrões familiares de surdez, se deviam recear resultados calamitosos, correndo-se, mesmo o risco de eles virem a constituir “uma variedade da raça humana na qual a surdez seria a regra e não a excepção” (Ibid.: 193).
Segundo nos diz Lane, Bell chegou a recomendar a criação de uma lei que proibisse o casamento entre pessoas pertencentes a famílias com mais de um surdo. Isso abrangeria o casamento entre pais ouvintes que pertencessem a essas famílias. No entanto, acabou por considerar que seriam precisos mais dados para justificar a aprovação de uma tal lei.”
(Maria do Céu Gomes, Lugares e Representações do Outro – a surdez como diferença)
Eu, infiel, me confesso
Tenho de confessar: ele não me serve para nada e não tem qualquer importância na minha vida.
Passo dias sem me lembrar da sua existência. Apenas partilho com ele o que me acontece de bom e de mau, ou qualquer outra situação, se não tiver por perto alguém com quem me apeteça trocar umas palavras.
E por falar em trocar... Às vezes, apetece-me terminar e recomeçar tudo com outro que tenha qualidades que nele não encontro: um que seja divertido, sem ser vulgar; erudito, sem ser pedante; atraente, sem ser exibicionista. Um que me orgulhasse de apresentar aos amigos e do qual me dissessem "é a tua cara; fica-te mesmo bem!"
Mas sei que também com esse eu seria distante, pouco dedicada e infiel. Sim, infiel e bígama. Porque, por vezes, apetece-me ter dois. Diferentes. Sinto que só dois completamente diferentes poderiam ir ao encontro das minhas necessidades.
Mas... dois...?! Nem pensar! Se com um já é o que é!
E é isto. De forma nua e crua é esta a relação instável e disfuncional que mantenho com o meu blogue.
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constatações,
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momentos
terça-feira, 17 de agosto de 2010
estas coisas não acontecem só aos outros...
Sete dias. Há exactamente sete dias que às 6h45 saio da cama, visto o equipamento desportivo, agarro no meu iPod e vou correr durante uma hora. Não falhei um único dia.
Afinal estas coisas não acontecem só aos outros...
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
qualidades
Se eu fosse uma vedeta e me pedissem para identificar a minha principal qualidade, responderia que é a capacidade de despachar pessoas que me chateiam e terminar conversas que me aborrecem. Palavra. Sou mesmo boa nisso.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
feitios
Das pessoas que eu conheço, sou a única a quem uma semana na tranquilidade dos Açores provoca stress.
Ah!... Já agora, considero os filmes de acção um excelente sonífero e a maior parte das anedotas entedia-me.
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