sábado, 31 de dezembro de 2011
fui aos saldos e safei-me
Era uma vez um casaco que eu tinha andado a namoriscar, mas que não encaixava muito bem no meu orçamento. Quando soube que os saldos tinham começado, fui propositadamente à loja procurá-lo. Encontrei-o com 50% de desconto e ainda havia um exemplar no meu número. Confirmámos que o universo conspirava a nosso favor e viemos juntos para casa, onde pretendemos ser muito felizes. Fim.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
conjunto de conjunções coordenativas copulativas provoca locução coordenativa conclusiva
Bem sei que tive uns dias de férias, mas também tive o Natal e a família. E horas sentada à volta de uma mesa ou passadas em viagens. E antes e depois do Natal tive remodelações em casa. E roupa que, provavelmente desde setembro, esperava pela oportunidade de ser lavada e arrumada. E tive receitas para procurar e confecionar. E conversas saborosas em volta dos resultados.
E tive documentos e outra papelada que se acumulavam havia algumas semanas e que era urgente organizar. E por todo o lado encontro post-its com ideias de materiais para construir e trabalhos e projetos que devo delinear, pois quero iniciá-los já em janeiro. E tenho artigos do curso para ler e também trabalhos para avaliação que devo começar a redigir. E tinha o Jonathan Franzen para terminar e filmes que quero ver.
E quero tempo para mim. Tempo que apenas existe. Sem marcações, nem agenda.
Às vezes parece mal querer ter tempo para poder não fazer nada com ele. O que fica bem é olhar para a agenda preenchida e fazer um ar aflito "Oh! estou tão ocupada" para logo a seguir acrescentar, com um sorriso condescendente "mas ainda arranjo aqui um tempinho!"
Não sei se foi a infância na planície ou os muitos anos a viver sozinha, mas mais do que qualquer outra coisa, muitas vezes, do que eu preciso mesmo é desse tempo, o tempo literalmente livre. Por isso, mais uma vez, houve telefonemas que ficaram por fazer. Encontros e cafés que serão marcados num próximo fim de semana.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
provavelmente o último post fashion de 2011 (e talvez também o primeiro)
A técnica da cebola é muito boa. É mesmo. Mas não há bela sem senão e o que eu gostava verdadeiramente de saber é o que é que fazemos à cascas que vamos largando quando não andamos com uma mochila ou um malão, perdão uma XL Bag (voilà!). É que eu sou especialista em deixar pedaços de mim pelos sítios por onde passo e corro o sério risco de ficar com os armários vazios em pouco mais de uma semana.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
decisão de 5ª feira à tarde
a partir da próxima hora, vou dedicar menos tempo a acumular filmes que quero ver e dedicar mais tempo a vê-los.
Se resultar, pensarei numa adaptação a aplicar aos livros, embora a situação esteja muito mais controlada. Mas uma coisa de cada vez.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
treinadores de bancada
Muitos dos que se indignaram com o apelo à emigração feito pelo primeiro-ministro são os mesmos que, no café, gostam de dizer que esta malta nova não quer trabalhar, quer é ter um emprego, que quem quer trabalhar, trabalha e que a Maria, a empregada lá de casa, faz limpezas durante o dia, à noite trabalha num call center e nos fins de semana ainda vai trabalhar num supermercado. E rematam, do alto da sua sabedoria, afirmando que "não há falta de trabalho, o que há é falta de quem queira trabalhar!"
Também conheço quem acredite que por ser "doutor" merece encontrar o trabalho ideal, de preferência na mesma rua, para não gastar tempo e dinheiro em transportes...
Mas acredito, sobretudo, que cada um sabe de si. E acredito na capacidade que cada pessoa tem de decidir, num determinado momento, o que é prioritário: trabalhar na profissão que a faz feliz, mesmo que seja noutro continente, ou ficar junto da família e amigos, trabalhando noutra área.. ou sem trabalhar? Desdobrar-se em 4 ou 5 empregos e ter algum conforto financeiro, embora fique sem tempo para viver, ou ter mais tempo e menos dinheiro? Limitar-se às ofertas do mercado ou correr o risco de criar o seu próprio projeto?
São verdades de La Palisse, mas há quem se esqueça de que o que é bom para uns é péssimo para outros, que o que parece perfeito num momento específico é absolutamente impensável noutra ocasião.
E não acreditar que pessoas adultas têm capacidade para avaliar e decidir e que, por isso, o Passos Coelho ou o Zé da Tasca da Esquina é que sabem o que é certo para todos, é dar-lhes muito pouco valor.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
no início do século passado era assim...
A minha avó, nascida em 1908, não concebia a hipótese de haver uma mulher
solteira na família. Se uma mulher ficasse solteira isso significava que era
uma mulher “falada”, uma vergonha, portanto. Para garantir que não se via a
braços com essa situação tentava ensinar as filhas e as netas mais
velhas a lidar com os homens (com pouco sucesso, diga-se em abono da verdade).
Lembro-me de ouvi-la aconselhar a minha irmã: “Filha, nós
temos de fazê-los acreditar que têm sempre razão, que são sempre eles que têm as
ideias e que decidem tudo. Mesmo quando não concordamos, dizemos que sim e
tentamos, a pouco e pouco e de forma muito discreta, levá-los a fazer o que nós
queremos. E, enquanto falamos, é preciso cuidado, se vemos que eles estão a
ficar irritados com o que dizemos, ficamos caladas e deixamos que sejam eles a
orientar a conversa. Não devemos aborrecê-los com as nossas coisas porque senão
começam a vir tarde para casa e um homem na rua... nunca se saber...”
Se ainda vivesse, a minha avó teria mais de 100 anos e, certamente,
ainda pensaria da mesma forma. Surpreendentemente, alguns jovens jovens de
trinta e poucos também.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
contributo para uma definição do conceito de anonimato na blogosfera
Se a lili das pantufas, que tem um blogue onde mostra as unhas dos pés e as pontas do cabelo, faz um comentário pouco simpático num outro blogue, toda a gente defende que está a dar a cara (!) e a assumir o que pensa. Por outro lado, se a Maria Albertina de Albuquerque Fonseca e Castro, que não tem blogue, mas que envia o comentário devidamente identificado a partir do email pessoal e profissional (que consta dos contactos de 90% da população letrada informaticamente), fizer o mesmo comentário é uma anónima invejosa que se esconde atrás do anonimato (!).
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
programa para esta noite
À primeira vista, num contacto muito rapidinho, pareceu-me que a minha manta com mangas é um belo embuste: pequena, leve, pouco envolvente...
Temos encontro marcado para logo à noite. Já está no sofá à minha espera. Pela minha parte, espero (mas poucas ilusões) que me surpreenda.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
preciosismos linguísticos à parte
Com o tempo, e as pessoas e as aprendizagens que ele me trouxe, deixei de me sentir chocada com o cartaz do senhor Joaquim a anunciar o "concerto" de sapatos ou com o toldo da dona Maria a informar que "aça" frangos. Desde que sejam bons naquilo que fazem, quem sou eu para lhes apontar o dedo ao português? Mas quando, depois de ler e reler um título, tenho de ler a notícia para perceber o que se pretendia transmitir, esta tolerância já muda de figura. Vejamos - "PJ caça violador de jovem com atraso vendido a ciganos":
- o jovem estava atrasado? para as aulas? perdeu o comboio?
- o jovem estava com um atraso menstrual? será por isso que se pretende caçar o violador?
- a PJ descuidou-se com as horas e atrasou-se a caçar o violador?
- o jovem foi vendido aos ciganos mais tarde do que o que fora acordado?
Ou será que o jornalista se atrasou e escreveu a notícia às três pancadas?
Esta "notícia" não estava num blogue ou página pessoal e, ao contrário do senhor Joaquim ou da dona Maria, o trabalho do jornalista consiste em escrever.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
dúvida estatístico-comportamental

Não estou na instituição que, oficialmente, é a minha entidade empregadora, mas estou em casa a trabalhar arduamente e a usufruir daqueles luxos que no local de trabalho não me são permitidos, por exemplo, ter espaço para colocar o computador e um livro, imprimir um texto ou consultar um dicionário que está na mesma sala em que trabalho. Regalias e gorduras, pois claro.
Estarei a fazer greve?
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
domingo, 13 de novembro de 2011
considerações toponímicas (3)
Um centro de explicações que se denomina "O Cábula" suscita-me grandes dúvidas quanto à seriedade e eficácia da metodologia de trabalho desenvolvida.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Onde está o Wally?

De acordo com o Público, parece que o Wally vai saltar para as salas de cinema (detector de clichés activado!)
Não há pormenores, mas, assim de repente, ocorreu-me que poderá (poderia?) contribuir para aumentar os níveis de concentração e persistência das novas gerações.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
em processo de assimilação
(sim, sim, nest post continuo a não usar o acordo)
para averiguar do seu grau de pureza
Parece que muitas pessoas distinguem vertical de horizontal usando como mnemónica para horizontal a linha do horizonte. Eu recorro ao conceito de subir na vida "na horizontal" e, até há pouco, acreditava que esta associação de ideias era usada por todos.
sábado, 29 de outubro de 2011
a galinha dos ovos de ouro

Desde que o verbo “poupar” começou a bombardear-nos de todos os lados, tudo quanto é economista ou avozinha com truques na manga desatou a publicar livros com dicas infalíveis para economia doméstica.
Eu, que também me sei comportar como qualquer treinador de bancada, deixo mais uma dica para quem quer poupar e precisa de instruções: consultar os tais livros numa fnac ou secção de livraria de um supermercado e registar, mentalmente ou por escrito, as dicas que pode utilizar, poupando os primeiros 14 ou 15 euros. Esta dica, garantidamente, nenhum livro fornecerá.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Um dia... vou ter formigas em casa
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Caro Gardner, esta é para ti
As pessoas que conseguem detectar, rápida e eficazmente, com quem lhes vale a pena serem simpáticas, flexíveis, cooperantes, adoráveis e por aí fora, e que são umas bestinhas arrogantes, displicentes, mal-humoradas com todos os outros, foram bafejadas por uma grande dose de inteligência interpessoal ou de chico-espertismo?
big brother
O serviço até é interessante, mas se tivesse uma estimativa sobre a hora de entrega seria perfeito.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Essa conversa dos "sinais" até pode ser bem simpática
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Em pouco mais de meia duzia de frases: estado actual
Conclusão: estou exausta e a precisar de desligar urgentemente.

PS: O computador hoje esta temperamental e so aceita os acentos que entende.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Sobre o uso de maiúsculas
O filho de mil homens

Quando li “o remorso de baltazar serapião” achei-o muito duro e excessivamente violento. Nunca ponderei abandonar a sua leitura, mas sentia urgência de chegar ao fim e libertar-me daquela família e daquelas personagens. Durante muito tempo não voltei a pegar num livro do Valter Hugo Mãe. Não me atrevia. Agora não resisti à esmagadora campanha de marketing que tem sido feita para o lançamento d' "O filho de mil homens" e às entrevistas que o autor tem dado a vários jornais e revistas. Ainda meio desconfiada, e porque agora não me sinto com disposição mental para murros no estômago, li alguns excertos na fnac, mas acabei por trazê-lo para casa.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Desmistificando a não adesão ao facebook

Há pessoas que se espantam muito por haver quem ainda não se tenha rendido ao facebook. Acham que tem de haver uma razão muito forte ou, quiçá, uma filosofia de vida recheada de argumentos pertinentes e muito bem fundamentados. Confesso que, à falta de outro assunto, já me deixei arrastar no discurso da defesa da privacidade e da primazia que, actualmente, é dada à vida virtual em detrimento da vida real e outras balelas que serviram para ocupar os minutos que teriam sido passados a falar do tempo. No entanto, a verdade é que não aderi ao facebook pela mesma razão que me faz não comprar um triciclo: neste momento não me serviria para nada. Apenas isso. Sem qualquer floreado ou justificação.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
É por estas e por outras que, para mim, as teorias de gestão de tempo são apenas isso, teorias!
1 - preparar o trabalho para amanhã (Importante e Urgente)
2 - passar a ferro a roupa que preciso para amanhã (Importante e Urgente)
3 - terminar o livro do David Lodge (Importante)
Todo e qualquer manual de Gestão de Tempo me diria para realizar já uma das duas primeiras tarefas, deixando a terceira para o fim, mas a minha vontade diz-me que se terminar o livro agora ficarei com uma maior disponibilidade mental para as outras duas. Neste caso, como em muitos outros, é a minha vontade que manda.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
a vida social do A
Quando se tem um nome iniciado por uma das primeiras letras do alfabeto, existem muitas probabilidades de se ser o primeiro contacto no telemóvel de muita gente: amigos e nem por isso, colegas queridos e intragáveis, conhecidos e assim-assim. Isso pode ser bom ou não ter qualquer importância, mas também pode tornar-se desagradável quando recebemos algumas mensagens que, claramente, não nos eram destinadas ou quando recebemos telefonemas por acidente. Neste último caso a situação pode tornar-se ainda mais confrangedora se a pessoa em causa decide omitir que telefonou por lapso e finge que tinha mesmo interesse em ligar, inventando uma conversa desinteressante e forçada e obrigando-nos a compactuar nessa farsa, fazendo-nos lamentar não nos chamarmos Zuleica.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Há situações que ocorrem com muita frequência e pode ser interessante saber o nome que lhes devemos dar
Efeito Lombard - tendência que as pessoas têm para elevar o tom de voz quando se encontram expostas a ambientes ruidosos.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Malgré les chaussures...
Claro que não há almoços grátis e estou certa de que em breve os meus braços acusarão a falta de exercício diário, mas em Novembro, findos os três meses, lá voltaremos a encontrar-nos para sessões diárias de tonificação muscular com recurso ao secador e à escova. A beleza natural é um mito.
Testando a sabedoria popular
A minha avó costumava dizer que "A quem dói o dente que busque o barbeiro*", o que pode fazer todo o sentido. No entanto, nos dias que correm, muitas vezes aquele a quem doeu o dente considera que o barbeiro tinha a obrigação de adivinhar e devia tê-lo procurado e, por isso, trata de reclamar junto do gerente da barbearia. No preciso momento em que escrevo, tenho quase a certeza de que é o que está a acontecer, sendo que eu sou o barbeiro. No entanto, retornando à sabedoria da minha avó, lembro-me de lhe ouvir muitas vezes que "Quanto mais a gente se abaixa mais o rabo lhe aparece" (sendo uma mulher do campo pouco dada a preciosismos linguísticos, em vez de rabo dizia "cu"). Este adágio popular também me parece fazer todo o sentido. Assim sendo, e voltando ao início desta história, eu sou neste momento o barbeiro que não quer mostrar o rabo.
* Os dentes da minha avó, tal como os dos restantes habitantes da aldeia, não conheceram um dentista, apenas o barbeiro.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Pode ser deformação profissional,

terça-feira, 6 de setembro de 2011
A vida deve ser tão fácil para quem não gosta de estudar...
Havia aquele curso ao qual eu não conseguia resistir, apesar de estar consciente de que não iria aprender grande coisa, e agora aparece-me mais um onde posso aprender bastante, pois é toda uma nova área a explorar, mas que me é menos necessário (embora o outro também não o seja), me ocupará mais tempo e é mais caro.
Até posso considerar conciliar os dois, mas não me sobraria tempo para respirar. Sim, apenas para respirar, pois com os cinco cêntimos que me restariam na carteira não poderia fazer muito mais.
Luz. Preciso de luz.
Religião e futebol: descubra as diferenças
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Não é bem assim, Sr. Ministro
Numa entrevista à revista Única, Nuno Crato afirmou
“Vejo os rankings como uma ajuda a ler os dados disponibilizados. É muito importante que os pais percebam que há escolas a funcionar muito melhor do que outras. E isso é um incentivo a todas para que melhorem.”
É preciso recordar que os rankings são elaborados com base nas classificações obtidas nos Exames Nacionais. Para os rankings pouco importa se a escola se situa na Lapa ou na Damaia, se os alunos que a frequentam têm explicadores ou familiares que os ajudam ou se, pelo contrário, são os únicos da família que sabem ler e escrever. Não importa se os pais acompanham os resultados escolares e servem de inspiração para os seus filhos, motivando-os a terem aspirações mais elevadas, ou se nem sequer sabem em que ano de escolaridade estão matriculados (ou o filho nem sabe por andam os pais). Há crianças que após as aulas têm apoio para a realização das tarefas escolares e outras, porém, que têm de ajudar os pais a cavar batatas ou tratar do gado. Alguns meninos regressam do fim-de-semana com aprendizagens realizadas em passeios ou viagens e outros perguntam-nos se vimos na tvi a rusga que houve lá no bairro e em que levaram o irmão mais velho. Não estou a exagerar em nenhuma das situações e conheço exemplos de todas.
Claro que há crianças oriundas de meios sociais muito favorecidos que são alunos medíocres e crianças que crescem num contexto social problemático e são alunos brilhantes, mas falo de maiorias. Das maiorias que, em certas zonas, frequentam determinada escola.
Não quero desresponsabilizar a escola. Em condições adversas há escolas que fazem um trabalho magnífico e outras que, em situações menos difíceis, funcionam mal e não se empenham num projecto colectivo de melhoria. Naturalmente, em ambos os casos deve haver uma análise e a consequente definição de medidas a manter e/ou a implementar. Não me digam é que os rankings servem para os pais saberem quais as escolas que funcionam bem ou mal, porque isso não é, de todo, verdade.

Imagem usada por Miguel Santos Guerra num seminário sobre este tema.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Sacudir a água do capote
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
As férias toldaram-me as memórias
Ou isso, ou quem cresce numa vilazinha do interior, por muitos banhos de cidade que leve, continua a ter dificuldades em fazer uma adaptação rápida à hostilidade urbana.
Só para dizer que não me lembrava que 90% do meus colegas não responde a um cumprimento.
Observação: não foram considerados para esta estatística sons semelhantes a grunhidos, nem as respostas obtidas após uma abordagem muito, mesmo muito, directa.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Bronze e racismo
Quando uma pessoa que afirma não apreciar peles muito bronzeadas é apelidada de racista, suponho que se estejam a referir ao mesmo tipo de racismo que caracteriza um algarvio que não gosta do Minho ou um homem que diz que as mulheres são aselhas ao volante.
Pois... exactamente... esse tipo de racismo.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011
classificação culinária
- grau de dificuldade = fácil
- tempo de preparação = rápido
em defesa da verdade, pelo menos acrescentem:
- grau de probabilidade de acertar na consistência = reduzido
- tempo de arrumação da cozinha = demorado
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Respostas (pouco diplomáticas) a perguntas idiotas
- Gostava de fazer uma surpresa ao meu namorado para assinalar o nosso aniversário, mas não sei o que hei-de fazer. O que me sugeres?
- Minha querida, o namorado é teu e o aniversário é vosso. Se tu não sabes como surpreender o teu namorado numa ocasião especial para vocês, se calhar é boa ideia dar-lhe a conhecer, desde já, o défice imaginativo de que padece a namorada.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Trago-te debaixo de olho...
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Depois de os meus ouvidos terem sido sujeitos a 40 minutos de tortura...
Senhores músicos (ou aspirantes a tal), por favor, façam as experiências que entenderem em casa ou numa garagem bem longe de mim e convidem-me para assistir apenas quando for possível ouvir música a partir dos vossos instrumentos.
Sim, sou uma insensível e ignorante musical, mas, para mim, os conceitos de ritmo e harmonia ainda são importantes.
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Eu nunca, mas mesmo nunca, poderia ser fotógrafa e trabalhar no ramo turístico
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Dando relevância ao secundário
Chateiam-me os alunos que têm uma excessiva preocupação com a avaliação. Não se interessam pela aprendizagem, não se entusiasmam com o conhecimento, não vibram com as descobertas, não se sentem desafiados para dar o seu melhor num trabalho pelo simples prazer de fazer e de criar. Não, nada disso. Questionam ininterruptamente “Isso sai no teste?”; “Quanto é que isso conta na avaliação?”
Pior do que esses alunos, só mesmo os professores que não falam de outra coisa que não seja a Avaliação de Desempenho Docente, conhecem cada proposta até aos mais ínfimos detalhes e parecem mesmo decididos a nortear as suas práticas, e até a própria vida, a pensar na nota. Irra! Valerá mesmo a pena sacrificar o prazer de ensinar e de aprender que se sente ao longo do ano por um numerozito que aparece no fim?
sexta-feira, 22 de julho de 2011
quinta-feira, 21 de julho de 2011
A língua portuguesa e a ressurreição
terça-feira, 19 de julho de 2011
Raramente me dá para a lamechice, mas hoje apetece-me partilhar uma descoberta que pode revolucionar o mundo dos candidatos a um grande amor
Gasta-se o latim e queima-se o tempo em extensas listagens de características indispensáveis ou a evitar e, no fundo, o que faz a diferença e o que realmente importa é termos ao nosso lado alguém que, só por existir e ser como é, faz de nós uma pessoa melhor.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Dúvida linguística ou síndrome "estes dias pré-férias dão cabo de mim!"
Não sei se hei de utilizar o blogue como cobaia para exercício prático do novo acordo ortográfico (que terei de utilizar já a partir de setembro) ou se, pelo contrário, deverei protegê-lo dessa praga e continuar a escrever "à moda antiga" ad eternum (leia-se enquanto dure).
(conforme novo acordo ortográfico)

domingo, 17 de julho de 2011
Podemos chamar-lhe resiliência
Algumas pessoas têm a sorte de crescer com adultos que lhes transmitem que os erros fazem parte do crescimento, que não conseguimos evitar todas as quedas (e que elas contribuem para nos fortalecer) e que mesmo quando tudo corre mal é importante levantar a cabeça, olhar em frente, procurar um novo caminho e sorrir. E eu sinto tanta inveja!
A mim ensinaram-me (ou tentaram ensinar-me) que não se pode errar, que cair é uma vergonha e que sorrir quando tudo corre mal é sinal de falta de responsabilidade e de maturidade.
Até ao fim do secundário foi-me incutida a obrigação de ter sempre a melhor nota e não me recordo de me terem perguntado se me sentia feliz. Perante os meus desejos de aprender ou realizar actividades extra-escolares as reacções oscilavam entre “Isso vai servir-te para quê?” e “Não vais ser capaz.”
Com persistência (sim, que eu não sou teimosa!)segui o caminho que decidi ser o melhor para mim e o que me fazia mais feliz, mesmo que para isso tenha sido olhada de soslaio muitas vezes e tenha ouvido muitas palavras de desencorajamento e de desconfiança.
Sozinha, aprendi (e continuo a aprender) que não há percursos sem obstáculos, que recomeçar é sempre uma opção e que a vida, quando encarada com optimismo, pode ser muito melhor.
Agora, sinto-me em condições para afirmar que, se aquilo que somos é em grande parte o reflexo da educação que tivemos, a verdade é que os valores e as prioridades que nos foram incutidos não nos condicionam de forma definitiva e aquilo que temos dentro de nós pode sempre vir à tona, basta darmo-nos essa oportunidade.
A mim ensinaram-me (ou tentaram ensinar-me) que não se pode errar, que cair é uma vergonha e que sorrir quando tudo corre mal é sinal de falta de responsabilidade e de maturidade.
Até ao fim do secundário foi-me incutida a obrigação de ter sempre a melhor nota e não me recordo de me terem perguntado se me sentia feliz. Perante os meus desejos de aprender ou realizar actividades extra-escolares as reacções oscilavam entre “Isso vai servir-te para quê?” e “Não vais ser capaz.”
Com persistência (sim, que eu não sou teimosa!)segui o caminho que decidi ser o melhor para mim e o que me fazia mais feliz, mesmo que para isso tenha sido olhada de soslaio muitas vezes e tenha ouvido muitas palavras de desencorajamento e de desconfiança.
Sozinha, aprendi (e continuo a aprender) que não há percursos sem obstáculos, que recomeçar é sempre uma opção e que a vida, quando encarada com optimismo, pode ser muito melhor.
Agora, sinto-me em condições para afirmar que, se aquilo que somos é em grande parte o reflexo da educação que tivemos, a verdade é que os valores e as prioridades que nos foram incutidos não nos condicionam de forma definitiva e aquilo que temos dentro de nós pode sempre vir à tona, basta darmo-nos essa oportunidade.
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